quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O sonho

O chão se abriu
misturou o cinza e o vermelho
flores murcharam
referencias se perderam
mãos não se alcançaram
olhares não se cruzaram
bocas e palavras no embaraço
o excesso da agua e do sal
face inundada
...
Deixaram o vento cantar
e o grito seco não pode ser ouvido
Silencio
...
De repente o peso
de repente o suor frio
de repente o corpo se fundiu na leveza e maciez do lençol
nada tinha movimento
ate as retinas fixaram no infinito e vazio teto branco
...
As folhas do outono dançaram
E com elas, o medo
o medo da nova estação
...
Assim como as primaveras, os sonhos também se vão.

Um comentário: