quarta-feira, 27 de julho de 2011

De repente (...)

Cafeína e Tabaco - na tentativa de manter a calma e o controle.
Respira, conta até 7, dizem que dá sorte.
Os passos vão ganhando os cômodos com borboletas sobrevoando os poucos cachos que restaram.
O barco no meio do nada indo pra lugar nenhum. Iluminado pelo Sol, vezenquando Lua.
De repente o banho de mar não é suficiente. É preciso mais, mais que maresia, mais que sal e água, mais que pé quente. É necessário o cheiro do mel, descobrir o gosto do doce, o ácido do limão.
A certeza dos nervos de aço, a alma de chumbo se perde em segredos. De repenteo riso da Monalisa torna-se insignificante.
De repente as folhas do calendário na velocida "minhoca" ganha toda a importancia antes desconsiderada. De repente se aprende que o mes pode ter 30 dias e que o ano tera sempre 365. De repente se descobre que quando se dorme o tempo passa mais rápido e só por esse motivo a insonia se torna sua amiga-de-infância.
O sangue agora corre fervendo, com fome de vida, sede de gente. Retinas atentas, ariscas procurando por palavras näo-ditas nas curvas de boca. E de repente o silêncio é o que fala pelos olhos.
Não há promessas, näo há contratos, näo há futuro, nem amanhä. E de repente o sabor do beijo responde. De repente o formato de nuca paralisa o corpo. De repente a textura da pele impede as mãos de alcançar.
De repente se percebe que é possivel chegar meia-noite em Paris e que as gatas-extraordinarias não necessariamente estarão nos meios onde ela flui e se estiverem podem ser Extra-ORDINÁRIAS.
... As tintas das pintas se misturam no preto e o tempo pára. Os devaneios da vida procuram sentidos. E é aqui que se sente, no agora. No "só um pouquinho" que resta. Sente, sente tudo. Sente devagar, sem pressa.
O tudo e o nada - tão de repente.
De repente: O vinho. A pele. O cheiro. O gosto.

Um comentário:

  1. sente, sente de repente, sente só um poquinho( é quase nada), sente na vida real. Coisa rica,rica de ver, rica de sentir

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